Escrita · Criatividade · Autocuidado

8 coisas que aprendi com o Covid-19

Hoje vou partilhar contigo oito coisas que aprendi no decurso deste ano, tão complicado, em que fomos visitados por um virus que nos afectou e continua a afectar-nos à escala mundial.

O ano de 2020 está a ser um ano particularmente complicado, marcado essencialmente pela tristeza, pela distância, pela doença, pela insegurança e incerteza dos trabalhos e de vidas. Por isso, faço aqui a minha chamada de atenção, frisando bem que este episódio, não pretende, de forma, nenhuma minimizar ou retirar importância a um problema que é real, é grave e que merece a empatia de todos nós.

Bom, manter o pensamento elevado e um foco nas coisas positivas, num ano assim, pode ser por isso, desafiante. No entanto, eu esforço-me muito para que tal aconteça, sobretudo porque reconheço o benefício de ter a mente elevada e não me deixar assim “engolir” pela realidade eminente.

Por isso, hoje vou dedicar este episódio à partilha de aprendizagens que me trouxe o Covid-19 – talvez porque, os tempos mais desafiantes, são talvez aqueles que nos trazem as maiores aprendizagens.

Comecemos então:

 

  1. Manter a mente centrada no momento presente e disfrutar plenamente dele

A primeira aprendizagem que fiz este ano foi a de manter o foco no momento presente. Quando, em Março, toda a problemática começou, reparei que a minha cabeça, contrariada, visitava o passado, na tentativa de o resgatar ou se projectava num futuro – para o qual não havia claridade nem garantías.

Lembro-me de o meu companheiro ter apenas uns dias de férias e de eu saber, que quando esses dias de férias acabassem, ele teria de novamente atravessar toda a cidade de Madrid (uma das capitais mais afectadas em toda a Europa pelo Covid) para regressar a um trabalho, onde se recusavam a criar as condições para facilitar o teletrabalho. Naquela altura, tudo aquilo me sobrepassava. Por isso, lembro-me de, a um determinado momento, ter decidido que simplesmente era demais para mim e conscientemente, ter decidido centrar-me no presente e disfrutar plenamente desse momento.

 

  1. Sentir gratidão

Quando decidi centrar-me no presente, o foco teve de mudar. O foco tinha forçosamente de estar nas coisas boas do momento presente: o facto de estar em casa, o sol da tarde a entrar pela janela e a aquecer-me os pés, o silêncio da minha casa, o cheiro a pão acabado de fazer no forno e um longo etc que, a bem da minha saúde mental, fui registando diariamente para me lembrar que, o momento era mau, mas sim, continuava a haver muitas coisas pelas quais sentir-me grata.

 

  1. Organizar as minhas contas

A pandemia do Covid-19, assim como o confinamento que de forma geral se foi verificando em todas as zonas do globo, levou à perda de milhares de postos de trabalho. De uma forma geral, todos vivemos um período de incerteza relativamente ao futuro dos nossos postos de trabalho e isso fez-me pensar em como era importante organizar as minhas contas, ter um fundo de emergência constituído e deixar de gastar naquilo que é superfluo. E aqui, gostava de ressaltar que o meu conceito de superfluo é talvez diferente do de muita gente: “supérfluo” para mim significa que se trata de um gasto que se faz mais por hábitos vinculados a um consumismo desmesurado do que a um investimento consciente do dinhero naquilo que efectivamente vai contribuir para o meu bem-estar. Resumindo, comecei a colocar o meu dinheiro onde está a minha felicidade., apostando mais em experiências do que em bens que se compram simplesmente para encher.

 

  1. Aproveitar cada minuto

Não é que não o fizesse já antes, mas a mim, este virus mostrou-me como a vida pode ser terrivelmente efémera e… percebi que podia não ter tempo para fazer tudo aquilo que quero. Daí, ter começado a aproveitar o tempo todo e a ser muito criteriosa na forma como e com quem o gasto.

Como ouvi no outro dia um gruru do Marketing dizer, “o nosso tempo é a nossa moeda mais cara”! É mesmo assim, meus amigos: aquele que se perde, já não se recupera! Pensem nisso.

 

  1. Ganhar assertividade e relativizar a opinião alheia

O facto de estar fechada e longe do mundo, tendo por companhia, durante esse tempo, apenas o meu companheiro, fez-me colocar as coisas em perspectiva e pensar em quem era realmente importante para mim. Isso fez-me relativizar a opinião allheia, porque percebi que afinal, ela não era assim tão importante.

Percebi que, às vezes para ficar bem, estava muitas vezes a dizer que “sim” a coisas que iam contra mim, contra os meus interesses, projetos, tempo e valores. Dizer “sim” a outras pessoas, implicava dizer “não” a mim mesma. Decidi então inverter a ordem de prioridades. Isto fez-me ser mais assertiva e colocar cada coisa na sua correcta ordem.

 

  1. Reduzir consumos

O facto de ter passado vários meses fechada em casa, fez com que tivesse de lidar com a minha própria tralha e acumulação. Pouco a pouco, fui ficando mais consciente de que não quero acumular, que isso traz consequências, para mim e para o planeta e tornei-me por isso mais selectiva, comprando menos e com mais critério.

 

  1. Disfrutar plenamente de um passeio no campo

Quando finalmente pude sair à rua, disfrutei plenamente de um passeio no campo e quase me vieram as lágrimas aos olhos quando pude respirar de novo livremente, sentir o fresco do ar, cheirar as flores da Primavera que já ía longa, ouvir a folhagem das àrvores e sentir a gravilha debaixo dos pés, enquanto caminhava.

 

  1. Fazer os meus sonhos realidade

Percebi que a vida é efémera e que se morresse amanhã, não queria que dissessem de mim apenas que “foi uma excelente e dedicada profissional”.

Percebi que tinha projetos que tinha de realizar, pelo valor que podiam trazer aos outros e pela realização e satisfação pessoal que me iriam proporcionar.

 

Foi assim que terminei “Essência – Crónicas de Amor e Autocuidado”, o meu primeiro projecto online, que nasce da minha necessidade de me lembrar que é fundamental cuidar de mim; que se quero dar, primeiro tenho eu de estar bem e para nunca mais me esquecer de que eu sou a pessoa mais importante para mim.

 

Se sentes que é importante lembrares-te de cuidar de ti e antes de gostares dos outros, gostares de ti, deixo-te o convite para te inscreveres no mini-curso “Essência – Crónicas de Amor e Autocuidado”. As inscrições continuam abertas por mais 4 dias. Arrancamos dia 5 de Outubro, em versão online, em anaritarocha.com.

Espero ver-te dentro!

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Exercícios criativos

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